segunda-feira, 21 de maio de 2012

 
Sousândrade, nome Joaquim de Sousa Andrade nascido na vila de Guimarães, no Maranhão, formou-se em Letras pela Sorbonne, em Paris, onde fez também o curso de engenharia de minas. Republicano convicto e militante, transfere-se, em 1870, para os Estados Unidos. Morando em Nova Iorque, funda o periódico republicano "O Novo Mundo", publicado em português. Retornando ao Maranhão, comemora com entusiasmo a Proclamação de República. Dedica-se ao ensino de Língua Grega no Liceu Maranhense e passa, no final da vida, por enormes dificuldades financeiras.
       Morre em São Luís, abandonado, na miséria e considerado louco. Sua obra foi esquecida durante décadas. Resgatada no início da década de 1960, pelos poetas Augusto e Haroldo de Campos, revelou-se uma das mais originais e instigantes de todo o nosso Romantismo. Em Nova Iorque, publica sua maior obra, o poema longo O Guesa Errante, em que utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metáforas vertiginosas, que só foram valorizados muito depois de sua morte.
     Em 1877, escreveu: "Ouvi dizer já por duas vezes que o Guesa Errante será lido 50 anos depois; entristeci - decepção de quem escreve 50 anos antes".
       Sucessivamente ampliada e corrigida nos anos seguintes. No período de 1871a 1879 foi secretário e colaborador do periódico O Novo Mundo, dirigido por José Carlos Rodrigues em Nova York (EUA).

Publicou seu primeiro livro de poesia, Harpas Selvagens, em 1857.

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